Jorge Amado
Faleceu a 06 de Agosto de 2001
Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Jorge Amado, nasceu a 10 de Agosto de 1912, em Itabuna BA e faleceu a 6 de Agosto de 2001, em Salvador BA.
Um dos maiores e mais conhecidos escritores do Brasil, traduzido em mais de trinta línguas. Nasceu em Pirangi, no Estado da Bahia, mudando-se para o Rio de Janeiro enquanto estudante de Direito. Em 1931 publicou o seu primeiro romance, O País do Carnaval. Com os seguintes, como Cacau e Suor, firma-se definitivamente como escritor que, por ter aderido à esquerda política, acaba por ser preso e exilado. Viveu na Argentina, França e na antiga União Soviética, regressando ao Brasil anos depois. Depois de uma longa fase em que deu grande ênfase política aos seus romances, acabou por superar essa tendência politizante, passando a concretizar a sua crítica através de um acentuado humorismo. Ao talento de narrador alia uma força poética construída a partir de um grande sentimento humano que se espelha na linguagem e na escolha de temas. Estes focam especialmente a infância abandonada e delinquente, a miséria dos cais e do preto da cidade, a exploração dos trabalhadores, a seca, o cangaço e muitos outros. Na sua linguagem recorre aos recursos da tradição clássica que alia aos processos da novelística picaresca, aos elementos populares e folclóricos, à linguagem falada e ingenuamente incorreta.
O estilo e personalidade: Amado foi superado, em número de vendas, apenas pelo fenómeno Paulo Coelho - mas em seu estilo - o romance ficcional, não há paralelo no Brasil. Em 1994, viu sua obra ser reconhecida com o Prémio Camões, o Nobel da língua portuguesa. Ele é o autor mais adaptado pela televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta, Gabriela e Tereza Batista são criações suas, alem de Dona Flor e Seus Dois Maridos.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Era adepto ao candomblé, religião na qual exercia o posto de honra de Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava.
Como Érico Veríssimo e Rachel de Queiroz, é representante do modernismo regionalista (segunda geração do modernismo).
Biografia: Nasceu em 10 de Agosto de 1912 no interior da Bahia, terra do poeta Castro Alves. No ano seguinte ao de seu nascimento, uma epidemia de varíola obriga a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância que lhe serviu de inspiração para vários romances.
Veio para o Rio de Janeiro, então capital da República, para estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade de Direito da UFRJ. Durante a década de 30, a Faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contactos com o movimento comunista organizado.
Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras: os problemas e injustiças sociais, folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro - contribuindo assim para a divulgação deste especto de nossa gente.
Suas obras são umas das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito para Deputado Federal pelo PCB, o que lhe rendeu fortes pressões políticas.
Era casado com Zélia Gattai, também escritora e que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Com ela teve dois filhos: João Jorge, sociólogo; e Paloma.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Económico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas economias, já que o banco acabou socorrido pelo Proer, controvertido programa governamental de auxílio a instituições financeiras em dificuldades. O drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser utilizado pelo lobby que defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus apreciadores.
Prémios: Recebeu no estrangeiro os seguintes Prémios: Prémio Lenine da Paz (Moscovo, 1951); Prémio de Latinidade (Paris, 1971); Prémio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prémio Risit d'Aur (Udine, Itália, 1984); Prémio Moinho, Itália (1984); Prémio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária (1986; Prémio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscovo (1989); Prémio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prémio Camões (1995). No Brasil: Prémio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prémio Graça Aranha (1959); Prémio Paula Brito (1959); Prémio Jabuti (1959 e (1970); Prémio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prémio Cármen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prémio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prémio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prémio Brasília de Literatura — Conjunto de Obras (1982); Prémio Moinho Santista de Literatura (1984); Prémio BNB de Literatura (1985).
As Faculdades Jorge Amado foram assim cognominadas a fim de abonarem este célebre escritor com uma memória eterna. entretanto, a Jorge Amado é uma faculdade que só visa fins lucrativos, por isso, não seja enganado, faça uma UFBA, UCSAL ou coisa que o valha, mas não se deixem impressionar com a fachada bonita, pois o conteúdo é o mais importante e seu conhecimento, o melhor investimento.
Traduções das obras: Jorge Amado ainda é o autor brasileiro mais publicado em todo o mundo: sua obra foi editada em 52 países, e vertidos para 48 idiomas e dialetos: albanês, alemão, árabe, arménio, azerbaijano, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, |francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedónio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braile), sérvio, sueco, tailandês, checos, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Academia Brasileira de Letras: Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de Abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. De sua experiência académica, bem como para retratar os casos dos imortais da ABL, escreveu Farda, fardão, camisola de dormir, numa alusão clara ao formalismo da entidade e à senilidade de seus membros, então.
O estilo e personalidade: Amado foi superado, em número de vendas, apenas pelo fenómeno Paulo Coelho - mas em seu estilo - o romance ficcional, não há paralelo no Brasil. Em 1994, viu sua obra ser reconhecida com o Prémio Camões, o Nobel da língua portuguesa. Ele é o autor mais adaptado pela televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta, Gabriela e Tereza Batista são criações suas, alem de Dona Flor e Seus Dois Maridos.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Era adepto ao candomblé, religião na qual exercia o posto de honra de Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava.
Como Érico Veríssimo e Rachel de Queiroz, é representante do modernismo regionalista (segunda geração do modernismo).
Biografia: Nasceu em 10 de Agosto de 1912 no interior da Bahia, terra do poeta Castro Alves. No ano seguinte ao de seu nascimento, uma epidemia de varíola obriga a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância que lhe serviu de inspiração para vários romances.
Veio para o Rio de Janeiro, então capital da República, para estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade de Direito da UFRJ. Durante a década de 30, a Faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contactos com o movimento comunista organizado.
Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras: os problemas e injustiças sociais, folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro - contribuindo assim para a divulgação deste especto de nossa gente.
Suas obras são umas das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito para Deputado Federal pelo PCB, o que lhe rendeu fortes pressões políticas.
Era casado com Zélia Gattai, também escritora e que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Com ela teve dois filhos: João Jorge, sociólogo; e Paloma.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Económico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder suas economias, já que o banco acabou socorrido pelo Proer, controvertido programa governamental de auxílio a instituições financeiras em dificuldades. O drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser utilizado pelo lobby que defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus apreciadores.
Prémios: Recebeu no estrangeiro os seguintes Prémios: Prémio Lenine da Paz (Moscovo, 1951); Prémio de Latinidade (Paris, 1971); Prémio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prémio Risit d'Aur (Udine, Itália, 1984); Prémio Moinho, Itália (1984); Prémio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária (1986; Prémio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscovo (1989); Prémio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prémio Camões (1995). No Brasil: Prémio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prémio Graça Aranha (1959); Prémio Paula Brito (1959); Prémio Jabuti (1959 e (1970); Prémio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prémio Cármen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prémio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prémio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prémio Brasília de Literatura — Conjunto de Obras (1982); Prémio Moinho Santista de Literatura (1984); Prémio BNB de Literatura (1985).
As Faculdades Jorge Amado foram assim cognominadas a fim de abonarem este célebre escritor com uma memória eterna. entretanto, a Jorge Amado é uma faculdade que só visa fins lucrativos, por isso, não seja enganado, faça uma UFBA, UCSAL ou coisa que o valha, mas não se deixem impressionar com a fachada bonita, pois o conteúdo é o mais importante e seu conhecimento, o melhor investimento.
Traduções das obras: Jorge Amado ainda é o autor brasileiro mais publicado em todo o mundo: sua obra foi editada em 52 países, e vertidos para 48 idiomas e dialetos: albanês, alemão, árabe, arménio, azerbaijano, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, |francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedónio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braile), sérvio, sueco, tailandês, checos, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Academia Brasileira de Letras: Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de Abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. De sua experiência académica, bem como para retratar os casos dos imortais da ABL, escreveu Farda, fardão, camisola de dormir, numa alusão clara ao formalismo da entidade e à senilidade de seus membros, então.
Obras do autor:
O país do Carnaval, romance (1931)
Cacau, romance (1933)
Suor, romance (1934)
Jubiabá, romance (1935)
Mar morto, romance (1936)
Capitães da areia, romance (1937)
A estrada do mar, poesia (1938)
ABC de Castro Alves, biografia (1941)
O cavaleiro da esperança, biografia (1942)
Terras do Sem-Fim, romance (1943)
São Jorge dos Ilhéus, romance (1944)
Bahia de Todos os Santos, guia (1945)
Seara vermelha, romance (1946)
O amor do soldado, teatro (1947)
O mundo da paz, viagens (1951)
Os subterrâneos da liberdade, romance (1954)
Gabriela, cravo e canela, romance (1958)
A morte e a morte de Quincas Berro d'Água, romance (1961)
Os velhos marinheiros ou o capitão de longo curso, romance (1961)
Os pastores da noite, romance (1964)
Dona Flor e Seus Dois Maridos, romance (1966)
Tenda dos milagres, romance (1969)
Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972)
O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta infanto-juvenil (1976)
Tieta do agreste, romance (1977)
Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979)
Do recente milagre dos pássaros, contos (1979)
O menino grapiúna, memórias (1982)
A bola e o goleiro, literatura infantil (1984)
Tocaia grande, romance (1984)
O sumiço da santa, romance (1988)
Navegação de cabotagem, memórias (1992)
A descoberta da América pelos turcos, romance (1994)
O milagre dos pássaros , fábula (1997)
Em 1995 iniciou-se o processo de revisão de sua obra por sua filha Paloma e os livros ganharam novo projecto gráfico.
Jorge Amado,
(Gentileza da Academia Brasileira de Letras, à qual muito agradeço em nome pessoal e em nome do Portal CEN - "Cá Estamos Nós")
Jorge Amado, jornalista, romancista e memorialista, nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, Itabuna, BA. Eleito em 6 de Abril de 1961 para a Cadeira n. 23, na sucessão de Octávio Mangabeira, foi recebido em 17 de Julho de 1961 pelo académico R. Magalhães Júnior.
É filho do Cel. João Amado de Faria e de D. Eulália Leal Amado. Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância e aprendeu as primeiras letras. Cursou o secundário no Colégio António Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador — cidade que costuma chamar Bahia — onde viveu, livre e misturado com o povo, os anos da adolescência, tomando conhecimento da vida popular que iria marcar fundamentalmente sua obra de romancista. Fez os estudos universitários no Rio de Janeiro, na Faculdade de Direito, pela qual é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1935), não tendo, no entanto, jamais exercido a advocacia. Aos 14 anos, na Bahia, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes, grupo de jovens que, juntamente com os do "Arco & Flecha" e do "Samba", desempenhou importante papel na renovação das letras baianas. Comandados por Pinheiro Viegas, figuraram na Academia dos Rebeldes, além de Jorge Amado, os escritores João Cordeiro, Dias da Costa, Alves Ribeiro, Edison Carneiro, Sosígenes Costa, Válter da Silveira, Áidano do Couto Ferraz e Clóvis Amorim.
É casado com Zélia Gattai — autora de Anarquistas, graças a Deus (1979), Um chapéu para viagem (1982), Senhora dona do baile (1984), Jardim de Inverno (1988), Pipistrelo das mil cores (1989) e O segredo da Rua 18 (1991) — tem dois filhos: João Jorge, sociólogo e autor de peças para teatro infantil, e Paloma, psicóloga, casada com o arquiteto Pedro Costa. É irmão do médico neuropediatra Joelson Amado e do escritor James Amado.
Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo, tendo participado da Assembleia Constituinte de 1946 (pelo Partido Comunista Brasileiro) e da primeira Câmara Federal após o Estado Novo, sendo responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. Viajou pelo mundo todo. Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941-42), em Paris (1948-50) e em Praga (1951-52).
Escritor profissional, vive exclusivamente dos direitos autorais de seus livros. Recebeu no estrangeiro os seguintes Prémios: Prémio Internacional Lenine (Moscovo, 1951); Prémio de Latinidade (Paris, 1971); Prémio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prémio Risit d’Aur (Udine, Itália, 1984); Prémio Moinho, Itália (1984); Prémio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária (1986); Prémio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscovo (1989); Prémio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prémio Camões (1995).
No Brasil: Prémio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prémio Graça Aranha (1959); Prémio Paula Brito (1959); Prémio Jabuti (1959 e 1970); Prémio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prémio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prémio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prémio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prémio Brasília de Literatura — Conjunto de Obras (1982); Prémio Moinho Santista de Literatura (1984); prémio BNB de Literatura (1985).
Recebeu também diversos títulos honoríficos, nacionais e estrangeiros, entre os quais: Comendador da Ordem Andrés Bello, Venezuela (1977); Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres, da França (1979); Commandeur de la Légion d’Honneur (1984); Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (1980) e do Ceará (1981); Doutor Honoris Causa pela Universidade Degli Studi de Bari, Itália (1980) e pela Universidade de Lumière Lyon II, França (1987). Grão Mestre da Ordem do Rio Branco (1985) e Comendador da Ordem do Congresso Nacional, Brasília (1986).
É membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia. É Obá do Axê do Opó Afonjá, na Bahia, onde vive, cercado de carinho e admiração de todas as classes sociais e intelectuais.
Exerceu actividades jornalísticas desde bem jovem quando ingressou como repórter no Diário da Bahia (1927-29), época em que também escrevia na revista literária baiana A Luva. Depois, no Sul, atuou sempre na imprensa, tendo sido redactor-chefe da revista carioca Dom Casmurro (1939) e colaborador, no exílio (1941-42), em periódicos portenhos — La Crítica, Sud e outros. Retornando à pátria, redigiu a secção "Hora da Guerra", no jornal O Imparcial (1943-44), em Salvador, e, mudando-se para São Paulo, dirigiu o diário Hoje (1945). Anos após, participou, no Rio, da direção do semanário Para Todos (1956-58).
Estreou na literatura em 1930, com a publicação, por uma editora do Rio, da novela Lenita, escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Os seus livros, que ao longo de 36 anos (de 1941 a 1977) foram editados pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, integraram a coleção Obras Ilustradas de Jorge Amado. Atualmente, as obras de Jorge Amado são editadas pela Distribuidora Record, do Rio. Publicados em 52 países, seus livros foram traduzidos para 48 idiomas e dialetos, a saber: albanês, alemão, árabe, arménio, azerbaijano, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebreu, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedónio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braile), sérvio, sueco, tailandês, checo, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Tem livros adaptados para o cinema, o teatro, o rádio, a televisão, bem como para histórias em quadrinhos, não só no Brasil mas também em Portugal, na França, na Argentina, na Suécia, na Alemanha, na Polónia, na Checo-Eslováquia, na Itália e nos Estados Unidos.
Obras: O país do Carnaval, romance (1931); Cacau, romance (1933); Suor, romance (1934); Jubiabá, romance (1935); Mar morto, romance (1936); Capitães de areia, romance (1937); A estrada do mar, poesia (1938); ABC de Castro Alves, biografia (1941); O cavaleiro da esperança, biografia (1942); Terras do sem fim, romance (1943); São Jorge dos Ilhéus, romance (1944); Bahia de Todos os Santos, guia (1945); Seara vermelha, romance (1946); O amor do soldado, teatro (1947); O mundo da paz, viagens (1951); Os subterrâneos da liberdade, romance (1954); Gabriela, cravo e canela, romance (1958); A morte e a morte de Quincas Berro d’Água, romance (1961); Os velhos marinheiros ou o Capitão de longo curso, romance (1961); Os pastores da noite, romance (1964); Dona Flor e seus dois maridos, romance (1966); Tenda dos milagres, romance (1969); Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972); O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta (1976); Tieta do Agreste, romance (1977); Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979); Do recente milagre dos pássaros, conto (1979); O menino grapiúna, memórias (1982); A bola e o goleiro, literatura infantil (1984); Tocaia grande, romance (1984); O sumiço da santa, romance (1988); Navegação de cabotagem, memórias (1992).
Jorge Amado, jornalista, romancista e memorialista, nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, Itabuna, BA. Eleito em 6 de Abril de 1961 para a Cadeira n. 23, na sucessão de Octávio Mangabeira, foi recebido em 17 de Julho de 1961 pelo académico R. Magalhães Júnior.
É filho do Cel. João Amado de Faria e de D. Eulália Leal Amado. Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância e aprendeu as primeiras letras. Cursou o secundário no Colégio António Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador — cidade que costuma chamar Bahia — onde viveu, livre e misturado com o povo, os anos da adolescência, tomando conhecimento da vida popular que iria marcar fundamentalmente sua obra de romancista. Fez os estudos universitários no Rio de Janeiro, na Faculdade de Direito, pela qual é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1935), não tendo, no entanto, jamais exercido a advocacia. Aos 14 anos, na Bahia, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes, grupo de jovens que, juntamente com os do "Arco & Flecha" e do "Samba", desempenhou importante papel na renovação das letras baianas. Comandados por Pinheiro Viegas, figuraram na Academia dos Rebeldes, além de Jorge Amado, os escritores João Cordeiro, Dias da Costa, Alves Ribeiro, Edison Carneiro, Sosígenes Costa, Válter da Silveira, Áidano do Couto Ferraz e Clóvis Amorim.
É casado com Zélia Gattai — autora de Anarquistas, graças a Deus (1979), Um chapéu para viagem (1982), Senhora dona do baile (1984), Jardim de Inverno (1988), Pipistrelo das mil cores (1989) e O segredo da Rua 18 (1991) — tem dois filhos: João Jorge, sociólogo e autor de peças para teatro infantil, e Paloma, psicóloga, casada com o arquiteto Pedro Costa. É irmão do médico neuropediatra Joelson Amado e do escritor James Amado.
Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo, tendo participado da Assembleia Constituinte de 1946 (pelo Partido Comunista Brasileiro) e da primeira Câmara Federal após o Estado Novo, sendo responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. Viajou pelo mundo todo. Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941-42), em Paris (1948-50) e em Praga (1951-52).
Escritor profissional, vive exclusivamente dos direitos autorais de seus livros. Recebeu no estrangeiro os seguintes Prémios: Prémio Internacional Lenine (Moscovo, 1951); Prémio de Latinidade (Paris, 1971); Prémio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prémio Risit d’Aur (Udine, Itália, 1984); Prémio Moinho, Itália (1984); Prémio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária (1986); Prémio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscovo (1989); Prémio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prémio Camões (1995).
No Brasil: Prémio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prémio Graça Aranha (1959); Prémio Paula Brito (1959); Prémio Jabuti (1959 e 1970); Prémio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prémio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prémio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prémio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prémio Brasília de Literatura — Conjunto de Obras (1982); Prémio Moinho Santista de Literatura (1984); prémio BNB de Literatura (1985).
Recebeu também diversos títulos honoríficos, nacionais e estrangeiros, entre os quais: Comendador da Ordem Andrés Bello, Venezuela (1977); Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres, da França (1979); Commandeur de la Légion d’Honneur (1984); Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (1980) e do Ceará (1981); Doutor Honoris Causa pela Universidade Degli Studi de Bari, Itália (1980) e pela Universidade de Lumière Lyon II, França (1987). Grão Mestre da Ordem do Rio Branco (1985) e Comendador da Ordem do Congresso Nacional, Brasília (1986).
É membro correspondente da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia. É Obá do Axê do Opó Afonjá, na Bahia, onde vive, cercado de carinho e admiração de todas as classes sociais e intelectuais.
Exerceu actividades jornalísticas desde bem jovem quando ingressou como repórter no Diário da Bahia (1927-29), época em que também escrevia na revista literária baiana A Luva. Depois, no Sul, atuou sempre na imprensa, tendo sido redactor-chefe da revista carioca Dom Casmurro (1939) e colaborador, no exílio (1941-42), em periódicos portenhos — La Crítica, Sud e outros. Retornando à pátria, redigiu a secção "Hora da Guerra", no jornal O Imparcial (1943-44), em Salvador, e, mudando-se para São Paulo, dirigiu o diário Hoje (1945). Anos após, participou, no Rio, da direção do semanário Para Todos (1956-58).
Estreou na literatura em 1930, com a publicação, por uma editora do Rio, da novela Lenita, escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Os seus livros, que ao longo de 36 anos (de 1941 a 1977) foram editados pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, integraram a coleção Obras Ilustradas de Jorge Amado. Atualmente, as obras de Jorge Amado são editadas pela Distribuidora Record, do Rio. Publicados em 52 países, seus livros foram traduzidos para 48 idiomas e dialetos, a saber: albanês, alemão, árabe, arménio, azerbaijano, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebreu, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedónio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braile), sérvio, sueco, tailandês, checo, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.
Tem livros adaptados para o cinema, o teatro, o rádio, a televisão, bem como para histórias em quadrinhos, não só no Brasil mas também em Portugal, na França, na Argentina, na Suécia, na Alemanha, na Polónia, na Checo-Eslováquia, na Itália e nos Estados Unidos.
Obras: O país do Carnaval, romance (1931); Cacau, romance (1933); Suor, romance (1934); Jubiabá, romance (1935); Mar morto, romance (1936); Capitães de areia, romance (1937); A estrada do mar, poesia (1938); ABC de Castro Alves, biografia (1941); O cavaleiro da esperança, biografia (1942); Terras do sem fim, romance (1943); São Jorge dos Ilhéus, romance (1944); Bahia de Todos os Santos, guia (1945); Seara vermelha, romance (1946); O amor do soldado, teatro (1947); O mundo da paz, viagens (1951); Os subterrâneos da liberdade, romance (1954); Gabriela, cravo e canela, romance (1958); A morte e a morte de Quincas Berro d’Água, romance (1961); Os velhos marinheiros ou o Capitão de longo curso, romance (1961); Os pastores da noite, romance (1964); Dona Flor e seus dois maridos, romance (1966); Tenda dos milagres, romance (1969); Teresa Batista cansada de guerra, romance (1972); O gato Malhado e a andorinha Sinhá, historieta (1976); Tieta do Agreste, romance (1977); Farda, fardão, camisola de dormir, romance (1979); Do recente milagre dos pássaros, conto (1979); O menino grapiúna, memórias (1982); A bola e o goleiro, literatura infantil (1984); Tocaia grande, romance (1984); O sumiço da santa, romance (1988); Navegação de cabotagem, memórias (1992).
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